domingo, 18 de outubro de 2015

O Destino para um motociclista.


Já li conceitos que o descrevem como o final, o objetivo, a chegada.

Os cavaleiros modernos, não fazem do destino apenas o momento em que estacionam e armam o descanso de suas incansáveis montarias, descem e desfazem seus alforjes super carregados de pouquíssimas coisas materiais.

Para quem faz do motociclismo um estilo mais fácil de viver, este tal destino é a consequência de uma conquista, tão grande quanto a sua vontade “napoleônica” de explorar o mundo que escolhera para desbravar.

É antes de tudo, a celebração por ter vencido medos, testado habilidades, confiado em máquinas e placas, conhecido pessoas, consumido a natureza por todos os sentidos, e principalmente, ter estado muito feliz pelos quilômetros que acabara de percorrer.

E sabes o que é o melhor de tudo isso? É crer que esta conquista é apenas a metade do êxito, pois ele terá que voltar, entretanto com duas maravilhosas certezas: a de que nem ele e nem a estrada serão os mesmos do início da jornada.

 André Luiz Fialho Blos

terça-feira, 12 de maio de 2015

Nova Yamaha XJR 1300 embarca na onda vintage.

“Depois de influenciar a moda e a decoração, a tendência vintage está influenciando as motocicletas”, explicou Shun Miyazawa, gerente de produtos da Yamaha na Europa. Vestido com camisa xadrez, colete e boina à moda antiga, Miyazawa foi um dos responsáveis por renovar a naked XJR 1300, um dos lançamentos da fábrica japonesa no Intermot 2014, o Salão de Motos de Colônia (ALE). Buscando inspiração nas linhas clássicas de antigos modelos esse retorno ao passado chegou com força total também no setor de duas rodas. 
Embora conserve o visual clássico e seu enorme motor de quatro cilindros em linha com refrigeração ar, a “nova” XJR 1300 não está exatamente igual ao modelo original. O escapamento foi pintado de preto, as tampas laterais de alumínio lembram as usadas nas motos de corrida dos anos 1970 e o banco é solo.
Do “quintal” para a linha de produção
Nos últimos anos, a Yamaha tem trabalhado com diversos customizadores profissionais para criar uma série de conceitos chamados de “Yard Built”, algo como “construída no quintal”. Essa experiência trouxe muita inspiração para o departamento de desenvolvimento de novos produtos da fábrica japonesa que incorporou o design dos customizadores a suas criações.
“Fomos inspirados pela releitura que as pessoas faziam de seus velhos modelos para renovar a XJR 1300”, revela Miyazawa. Essa inspiração também deu origem a XJR 1300 Racer, uma versão com carenagem de fibra de carbono e semi-guidões, como os usados nas motos de pista antigamente.
Releitura
A XJR 1300 manteve-se fiel ao conceito do modelo original de ser uma moto com cara de moto, ou seja, uma moto nua e crua. Bonita e ao mesmo tempo funcional. “O farol sem carenagem está ali para iluminar. O tanque, para carregar combustível, enfim nenhum item está ali por acaso. Todos têm um propósito”, explicou-me Miyazawa no lançamento do modelo. E as personalizações tiveram um importante papel nessa renovação da XJR.
A principal mudança estética está no tanque: em vez do enorme reservatório de 21 litros do modelo original, um novo, mais estreito e com capacidade para 14,5 litros foi construído. Uma alteração prática que, além de melhorar o encaixe das pernas, foi possível graças ao sistema de injeção eletrônica de combustível que dosa melhor a mistura ar-combustível entregue aos quatro cilindros em linha.
Com 1.251 cm³ de capacidade, o tetracilíndrico tem arrefecimento a ar, duplo comando de válvulas (DOHC) e quatro válvulas por cilindros. Embora tenha cabos de velas e cachimbos vermelhos à moda antiga, seu desempenho é atual: produz 98 cavalos de potência máxima a 8.000 rpm e bons 11,1 kgf.m de torque máximo a 6.000 rpm.
Outra atualização bem-vinda foi feita nas suspensões. O garfo dianteiro tem tratamento DLC (Diamond-Like Carbon) nos tubos internos para proporcionar um funcionamento mais progressivo. Já o sistema bichoque da balança traseira ganhou o reforço dos amortecedores Öhlins com reservatório a gás e ajustáveis.
Um largo guidão de alumínio, banco solo, uma espécie de numberplate (placa de numeral) de alumínio e o sistema de escapamento 4-2-1 com uma ponteira preta completam o visual de moto customizada de fábrica. Disponível nas cores azul/branca, cinza fosca e preta, a Yamaha XJR 1300 tem preço sugerido de 10.390 Euros, na Itália, ou cerca de R$ 35.000.
Versão café racer
Também influenciada pela moda café racer e pela Eau Rouge, uma XJR 1300 customizada pela famosa oficina Deus Ex-Machina, a Yamaha lançou também uma nova versão da XJR 1300, chamada de “Racer”. Com as mesmas especificações da naked, porém com um visual de moto de pista dos anos 1970, a Racer traz uma carenagem de fibra de carbono cobrindo apenas o farol e os mostradores redondos do painel. Há ainda uma capa do banco no mesmo material.
Para reforçar a proposta “café racer” a nova versão traz dois semi-guidões ao invés do guidão largo e elevado do modelo base. Dessa forma, oferece uma posição de pilotagem mais esportiva e condizente com as motos de corrida de antigamente. Vendida também em três opções de cores, a XJR 1300 sai por 11.590 Euros, algo em torno de R$ 38.000, também na Itália.
Embora a onda vintage esteja fazendo a cabeça dos motociclistas na Europa e no Japão, a moda ainda não desembarcou no Brasil, pelo menos não oficialmente, pois as fábricas aqui instaladas não trazem modelos com essa inspiração. Isso é uma má notícia aos motociclistas brasileiros mais nostálgicos. Não há previsão e nem planos da Yamaha de trazer a XJR 1300 e nem sua versão Racer para o País.
Arthur Caldeira

Fonte:
Agência Infomoto
http://www.moto.com.br/acontece/conteudo/nova_yamaha_xjr_1300_embarca_na_onda_vintage-85121.html

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Nova V-Strom 1000 ABS traz Suzuki de volta à vida


por: Roberto Brandão Filho
No Salão de Colônia de 2012, a Suzuki mostrou um modelo conceito da nova V-Strom 1000. Totalmente renovada, a moto era a prova de que a marca tinha condições de brigar no disputado e bem-sucedido segmento de bigtrails e também de que efetivamente estava viva. Afinal, a fabricante japonesa foi duramente atingida pela crise financeira de 2008, que a obrigou a desacelerar o ritmo de lançamento de novos modelos e até causou sua saída do Mundial de Motovelocidade.
Entretanto, a volta da V-Strom 1000 ABS ao mercado internacional em 2013 mostrou que os percalços ficaram no passado e sua chegada ao Brasil atesta que ela está pronta para a briga em mais um mercado. Produzido no esquema CKD na fábrica da J.Toledo/Suzuki em Manaus (AM), o modelo vai ser comercializado por um preço público sugerido de R$ 55.900 e em quatro opções de cores: branca, dourada, preta e vermelha. A nova V-Strom 1000 ABS chega às concessionárias da marca somente em agosto, mas já rodamos com a novidade em solo nacional para conhecê-la.
Totalmente nova
Primeiramente, esqueça a versão anterior da V-Strom 1000. A aventureira é uma moto totalmente nova. A começar pelo design, que trouxe linhas mais atuais e agressivas, acompanhando as tendências do segmento. O foco foi reduzir peso e proporcionar mais versatilidade. “Aprendemos que os consumidores usam suas motos para deslocamentos no dia a dia e também viagens de um mês. Percebemos que o tamanho e o peso podem comprometer o desempenho das bigtrails aventureiras em passeios pela cidade e caminhos sinuosos”, disse Tomohira Ichimaru, engenheiro do departamento de Planejamento de Produto da Suzuki no Japão.
Iniciada do zero, a nova V-Strom 1000 ABS deixou de lado quase todas as semelhanças com a versão anterior. Exceto pelo motor bicilíndrico em “V” de 1.037 cm³ de capacidade, que é baseado no antigo propulsor DOHC de 996 cm³, mas recebeu modificações internas, como pistões com diâmetro 2 mm maior. Além das modificações visuais, que vão desde um novo paralama dianteiro superior, estilo bico de pato, passando pelo conjunto óptico único que substituiu o duplo da versão antiga, até as alças de apoio da garupa, a V-Strom 1000 foi renovada por completo.
Um chassi mais rígido e leve, construído em dupla trave em alumínio, reduziu em 13% o peso da moto, passando agora para 228 kg em ordem de marcha (8 kg mais leve que a anterior). A posição de pilotagem, mais ereta, ficou mais confortável devido à altura do assento, 850 mm do solo, e ao desenho do novo tanque de combustível de 20 litros. Isso resultou numa melhor dirigibilidade – encaixe perfeito das pernas ao redor da moto – e facilitou o alcance dos pés no chão. O conjunto de suspensão também traz novidades. Garfos dianteiros invertidos (upside-down) KYB e balança traseira convencional, ambos com 160 mm de curso e totalmente ajustáveis, na pré-carga, retorno e compressão.
O modelo ganhou também tecnologia embarcada para competir com as rivais. A nova V-Strom 1000 foi a primeira motocicleta da Suzuki a receber um sistema de controle de tração, fato que mostra o quanto a fabricante nipônica estava defasada em comparação à concorrência. O modelo também é equipado de série com o sistema de freios ABS, que auxiliam os dois discos dianteiros de 310 mm de diâmetro com fixação radial e disco único de 260 mm de diâmetro na traseira nas frenagens de emergência.
Motor e comportamento
Ao desenvolver sua nova aventureira, a Suzuki constatou que seu público queira mais torque em baixas e médias rotações. E os engenheiros da marca conseguiram isso. O novo motor é mais forte em baixos e médios regimes, e ficou mais “liso” em altas rotações, transmitindo pouquíssima vibração para o condutor. Todo o torque da nova V-Strom, de um máximo de 10,5 kgf.m aos 4.000 giros, é sentido logo nas rotações iniciais, entre os 3.000 e 6.000 giros.
Acima dessa marca, o V2 passa a ter um comportamento mais linear e suave, sem muita empolgação. Ao atingir as 10.000 rotações por minuto, o motor consegue produzir 101 cavalos de potência máxima e é que capaz de atingir altas velocidades. A bigtrail traz ainda um sistema assistente de embreagem (Suzuki Clutch Assist System – SCAS), que funciona de duas maneiras: como uma embreagem deslizante, que permite uma redução de marcha mais suave; e ainda como uma embreagem assistida, diminuindo a força necessária para acionar o manete.
Durante quase todo o teste, rodamos com o controle de tração no modo 1 (TC1), menos intrusivo. Em nenhum momento o sentimos entrar em atuação. Já no modo 2 (TC2), percebemos que houve intervenção. O sistema entrou em ação durante uma curva, quando a roda traseira perdeu aderência ao passar sobre sujeiras no solo. Por conta da eletrônica, o acontecido não chegou a ser um susto, pois permitiu manter o controle da moto. Portanto, é aconselhável utilizar o modo 2 em situações nas quais o pneu “grude” menos nos chão, como na chuva, por exemplo. O segundo modo também impede empinadas bruscas da roda dianteira, comuns em função do motor torcudo. Ainda é possível desligar o sistema por completo.
Gosta de asfalto
Assim como outras bigtrails recentes, como a Kawasaki Versys 1000 e a Honda VFR 1200X Crostourer, a V-Strom 1000 ABS gosta mesmo é do asfalto. Embora tenha suspensões de alto nível, capazes de absorver muito bem os impactos e ao mesmo tempo transmitir segurança quando exigida nas curvas, a nova bigtrail da Suzuki preza mais pelo conforto em vias asfaltadas do que pelo desempenho no fora-de-estrada.
Filosofia reforçada pelos pneus Bridgestone Battle Wing, nas medidas 110/80 R19, na dianteira, e 150/70 R17, na traseira, desenvolvidos para pisos pavimentados, mas que até encaram uma estrada de terra batida. Além disso, para enfrentar terrenos acidentados faltam alguns itens ao modelo. Entre eles, protetores de mão e de motor – filtro de óleo e curva do escapamento ficam muito expostos –, um guidão mais largo e mais leve, e, o principal, a possibilidade de desligar o sistema ABS da moto. As proteções extras podem estar disponíveis no futuro, pois a J.Toledo, representante da Suzuki, afirma que haverá uma ampla gama de acessórios para equipar a V-Strom 1000 no País.
Conclusão
Desde 2008, a queda nas vendas mundiais da Suzuki refletiu diretamente no desenvolvimento de novas motocicletas. Se analisarmos friamente os produtos oferecidos nos últimos anos, percebemos uma mesmice. Agora, com a nova Suzuki V-Strom 1000 ABS, a marca nipônica espera se reafirmar no cenário mundial dentro de um segmento o qual já não participa há algum tempo, oferecendo uma moto totalmente nova, com apelo atual e tecnologias que antes nunca haviam sido utilizadas em uma motocicleta da empresa.
A aventureira nipônica oferece um desempenho razoável na terra, mas percorre as rodovias com conforto e potência necessários para rodar o globo terrestre – e traz ainda um tanque com 20 litros, o que projeta boa autonomia. Por ser esguia e ágil, pode ser uma moto para o dia-a-dia capaz de trafegar no trânsito das grandes metrópoles sem problema. Vai bem tanto em viagens de fim de semana, como para longas férias de um mês.
Em relação ao mercado, seu preço público sugerido (R$ 55.900) também está condizente com o que as marcas praticam hoje no Brasil. Com isso a nova V-Strom 1000 ABS passa a disputar espaço diretamente com as europeias Triumph Explorer 1200 ABS (R$ 55.400) e Ducati Multistrada 1200 ABS (55.900) e também com a versão standard da sua conterrânea japonesa, a Yamaha XT 1200Z Super Ténéré, disponível por R$ 55.990. Está armada, portanto, uma briga boa em um segmento muito apreciado pelo motociclista brasileiro, na qual ele já começa ganhando por conta do número de opções.
Ficha técnica
Suzuki V-Strom 1000 ABS
Motor Bicilíndrico em “V” a 90°, arrefecimento líquido, 8 válvulas, DOHC
Capacidade cúbica 1.037 cm³
Potência máxima (declarada) 101 cv a 8.000 rpm
Torque máximo (declarado) 10,5 kgf.m a 4.000 rpm
Câmbio Seis marchas
Transmissão final corrente
Alimentação Injeção eletrônica
Partida Elétrica
Quadro Dupla viga em alumínia
Suspensão dianteira Garfos invertidos KYB com 160 mm de curso totalmente ajustáveis
Suspensão traseira Monoamortecedor traseiro com 160 mm de curso, totalmente ajustável
Freio dianteiro Dois discos dianteiros de 310 mm de diâmetro com fixação radial (ABS)
Freio traseiro Disco único de 260 mm de diâmetro (ABS)
Pneus 110/80 R19 (diant.)/ 150/70 R17 (tras.) Bridgestone Battle Wing
Comprimento 2.285 mm
Largura 1.410 mm
Distância entre-eixos 1.555 mm
Distância do solo 165 mm
Altura do assento 835 mm
Peso em ordem de marcha 228 kg
Peso a seco 166,5
Tanque de combustível 20 litros
Cor Branca, Preta, Vermelha e Dourada
Preço R$ 55.900
Fotos: Mário Villaescusa


Fonte: Agência Infomoto
em: http://www.moto.com.br/testes/conteudo/teste_nova_vstrom_1000_abs_traz_suzuki_de_volta_a_vida-77005.html?utm_campaign=1448281&utm_content=9791810847&utm_medium=email&utm_source=Emailvision

quarta-feira, 26 de março de 2014

Vai viajar de moto? Veja dicas de segurança e o que checar.

Especialistas apontam precauções para realizar viagens mais seguras. Além de cuidados mecânicos, motociclista deve ter experiência.
Rafael Miotto
G1
Apesar de representarem cerca de 20% da frota brasileira, segundo dados mais recentes do Departamento Nacional de trânsito (Denatran), as motocicletas foram responsáveis por 69% das solicitações do seguro DPVAT (Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Via Terrestre) no primeiro semestre de 2012, de acordo com a Seguradora Líder, responsável pelo seguro. Com a chegada das festas de fim de ano e férias, e o aumento do movimento nas estradas, é preciso redobrar os cuidados. 

Como a motocicleta deixa o usuário mais vulnerável, o G1 reuniu uma série de cuidados para aqueles que vão viajar. Como as velocidades nas rodovias costumam ser superiores às do perímetro urbano, não é recomendado a quem não tem muita experiência pegar a estrada nesta época. “Para se andar de moto em uma autoestrada deve-se ter mais conhecimento, sua condução necessita de mais atenção que a de um carro”, explica André Horta, analista de segurança viária do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi). 

ANTES DE PEGAR ESTRADA

- Concentração
 

Devido à menor proteção que uma moto traz, é necessária extrema concentração para conduzi-la. “Evite pilotar se sentir cansaço, sonolência ou estiver sob efeito de medicamentos que possam causar algum efeito colateral”, explica Renato Matsuda, instrutor de pilotagem do Centro Educacional de Trânsito Honda. Lembre-se de que a mínima desatenção pode resultar em uma queda. Obviamente, “não é recomendado sair para uma balada e beber antes de viajar”, acrescenta Horta, do Cesvi. 

- Estudar o destino e condições de tempo 

Para evitar imprevistos, é sempre bom traçar o roteiro da viagem, reunindo informações sobre as condições do pavimento, o clima e se existem postos para alimentação e abastecimento no caminho. “É necessário também que o motociclista faça uma parada a cada 90 minutos para movimentar os músculos. Isso ajuda a evitar os efeitos da fadiga e da ação do vento”, segundo Matsuda. O roteiro também deve estar ligado ao tipo de moto utilizada; uma esportiva pode ter problemas em trecho com lama, por exemplo. 

 

Motociclista pode fazer uma inspeção visual na moto, mas, ao verificar algo diferente, deve levá-la a um mecânico (Foto: Rafael Miotto/G1) 

- Cuidados mecânicos 

Alguns itens básicos como pneus, nível de óleo do motor, nível de fluído de freios e nível da água do radiador podem ser checados pelo próprio usuário, seguindo instruções do manual do proprietário. “É recomendada uma inspeção visual prévia e, caso note alguma anomalia o ideal é levar a moto a um mecânico especializado, o que dará mais segurança para a sua viagem”, explica Edson Esteves, professor do curso de engenharia mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

“Porém, se o veículo já não é novo ou seminovo, o ideal é levar diretamente ao especialista, para que faça uma verificação mais profunda”, acrescenta Esteves. 

 

Só o capacete é obrigatório por lei, mas roupas, luvas e botas especializadas são importantes (Foto: Gustavo Epifanio/G1) 

- Equipamentos de proteção 

Além do tradicional capacete, que deve ter o prazo de validade sempre checado, outros equipamentos auxiliam a segurança do motociclista. “O capacete deve ser ajustado de maneira a não ficar frouxo e a viseira precisa estar limpa e sem riscos; deve-se andar com ela sempre fechada. Calças, jaquetas, luvas e botas também são indicadas”, explica Matsuda. 

Apesar de a legislação brasileira só prever o uso obrigatório de capacetes, itens especiais para a proteção são vendidos em lojas para motociclistas. A capinha de chuva também é sempre bem-vinda. Roupas de cores mais vibrantes fazem o motociclista ser visto mais facilmente na estrada, ajudando a prevenir acidentes. 

 

Linha de pipa pode ferir e até matar motociclistas (Foto: Reprodução/EPTV) 

- Linha de pipa 

Com a chegada das férias escolares, é possível notar o aumento de pipas nos céus e muitas com linhas de cerol. “Existem acessórios como as antenas de proteção, além de vestimentas que procuram anular o efeito da linha de pipa”, explica Horta. 

Estas antenas são encontradas em lojas especializadas e custam de R$ 20 a R$ 70. Já os protetores de pescoço partem de R$ 50. 

- Ajeitando a bagagem 

Pode-se levar a bagagem da viagem em mochilas, fixadas no bagageiro ou dentro de malas específicas, presentes em algumas motocicletas. O ideal é não exagerar no peso – checar manual do proprietário sobre a carga máxima – e deixar os objetos bem fixos. É recomendado embalar o conteúdo da bagagem com sacos plásticos, para evitar que molhem com a chuva. O mesmo deve ser feito com documentos pessoais e os da moto. 

 

Pneus em bom estado e calibrados garantem aderência (Foto: Rafael Munhoz/G1) 

- Calibragem e estado dos pneus 

Se em um carro a calibragem dos pneus já é importante, na moto ela é ainda mais imprescindível. “A calibragem errada dos pneus pode significar a perda de aderência ao solo”, explica Horta. 

Ela pode influir na estabilidade da moto e diminuir seu poder de frenagem. “Se o pneu estiver muito murcho, pode até escapar da roda”, alerta o especialista em segurança veicular. “Um pneu careca também pode causar acidentes”, acrescenta o especialista em segurança. 

- Kit de ´sobrevivência´ 

Caso necessite fazer algum reparo básico ou ajuste, como esticar a corrente, é bom ter em mãos um kit de ferramentas, com uma providencial lanterna, e até algumas peças pequenas, como fusíveis. “É importante levar ferramentas, fita isolante e chaves, assim o próprio motociclista pode consertar a moto, se tiver um pouco de conhecimento”, explica Esteves. “Câmara de ar, lâmpada de farol e da lanterna traseira também podem ser úteis”, completa Matsuda. 

NA ESTRADA

- Acostamento
 

Segundo a Polícia Militar, “o uso do acostamento é exclusivo para emergências, que podem ser do carro, do motorista ou de algum ocupante”. Também é permitido parar no acostamento para ajudar alguém. Mas parar nessa faixa sem necessidade, além de gerar multa, pode resultar em acidente. 

Se houver motivo para usar o acostamento, o polícia aconselha o motociclista a ligar o pisca-alerta da moto. “Caso o acostamento seja a única solução, o ideal e parar e sair da moto, indo para fora da estrada”, orienta Horta. 

 

Neblina em SP (Foto: Léo Barrilari/Frame/AE) 

- Chuva e neblina 

Em condições de chuva, além da menor visibilidade, a aderência com o solo diminui e é possível ocorrer a aquaplanagem – momento no qual o pneu perde contato com o solo devido a camada de água. 

“Em curvas, evite inclinar demasiadamente a moto e tome cuidado com as poças, pois podem esconder buracos e bueiros”, diz Matsuda. Caso a chuva esteja muito forte, o ideal é parar o veículo em local seguro; o mesmo vale para neblina forte. 

“Mantenha uma distância de segurança e não confie na luz de freio do veículo da frente. Ela pode estar queimada”, explica o instrutor. Em caso de neblina, nunca usar o farol alto, pois este fará diminuir sua visão; o ideal é utilizar o farol baixo ou de neblina, se a moto tiver. Com piso molhado, também vale cuidado extra com as faixas da pista, que podem ficar mais escorregadias. 

- Ultrapassagens 

Como a moto possui uma aceleração, em sua maior parte, mais rápida que a dos carros, é necessário cuidado extra nos momentos de ultrapassagens para o motociclista ser notado. “Em alguns casos, o motorista simplesmente não vê o motociclista. Às vezes por estar em ponto cego ou simplesmente pela velocidade em que a moto está”, explica Horta. “Andar no corredor em alta velocidade pode ser muito perigoso”, acrescenta o analista do Cesvi. 

 

Antes de ultrapassar, tenha certeza de estar sendo visto (Foto: Reprodução/EPTV) 

Ficar colado na traseira de caminhões, como se vê em estradas também não é seguro, pois, se o caminhão frear, a moto pode não ter espaço suficiente para parar. Além de disso, essa posição deixa o motociclista com o campo de visão reduzido. “Para fazer ultrapassagens, sempre se deve utilizar a faixa da esquerda”, alerta o instrutor Matsuda. 

- Pneu furado 

Como as motos não têm estepe, a não ser algumas Vespinhas raras, um pneu furado não é uma notícia muito boa. “Uma solução pode ser usar reparadores de pneus para poder levar a moto até uma borracharia”, explica Esteves, da FEI. Caso não tenha em mãos este item, vendido em lojas especializadas, e não tenha como chamar socorro, é possível rodar alguns quilômetros com o pneu furado, desde que seja o da roda traseira da moto. 

Para fazer isso, você tem de direcionar a maior parte do peso de seu corpo para o eixo dianteiro da moto. Isso vai fazer que o ar escape menos do pneu. “Mas só é recomendado em situações extremas”, observa Esteves. 

- Faça-se ser visto 

É importante sempre manter o farol de lanterna ligado, assim os outros motoristas enxergarão o motociclista mais facilmente. 

Evite rodar em pontos-cegos de outros veículos e, vale reforçar, procure optar por roupas com cores vivas.

Fonte: http://www.mototour.com.br/?pg=24&id_busca=308&tag=vai-viajar-de-moto-veja-dicas-de-seguranca-e-o-que-checar


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Motociclista à prova de balas

Empresa comercializa jaqueta de proteção para motociclistas com blindagem à prova de balas


Entre os estandes do último Salão Duas Rodas, encontramos a Iron Tex. Uma empresa que apresenta um produto inicialmente bem polêmico para quem pilota motocicletas: uma jaqueta com proteção balística nas áreas vitais (tronco, dorso e pescoço). Mas se pensarmos na situação atual da (in)segurança pública — em relação a roubos de moto principalmente —, esse produto pode ser bem útil. A Irontex é a revendedora oficial das jaquetas que são desenvolvidas no Brasil pela Tamtex, indústria têxtil com mais de 10 anos de mercado.
São quatro modelos em cordura (Velox, Next, Black e GPS) com preço de R$ 1 750. Em couro são mais dois modelos masculinos e dois modelos femininos, com preço sob consulta. A jaqueta pesa 2 kg a mais em relação a uma jaqueta comum, porém, segundo a fabricante a distribuição desse peso extra da blindagem é bem equilibrada e não prejudica o conforto do usuário. Em acordo com a norma internacional NIJ 0101-04, a empresa trabalha com dois níveis de proteção nas jaquetas. O nível 2 absorve disparos de calibre 357 Magnum, enquanto o nível 2A protege de tiros de calibre 9mm até .40.
Para quem já tem jaqueta ou macacão em couro, eles disponibilizam o serviço de implantação da blindagem, o que custa R$ 1 350. Felipe Silvério, gerente de marketing da Iron Tex, ressaltou que a proteção implantada na jaqueta é melhor que o uso do colete com blindagem, para evitar uma infeliz confusão do motociclista com um policial, evitando mais problemas durante o assalto.
Para aquisição de qualquer um dos modelos com proteção balística é necessário registro na SSP (Secretária de Segurança Pública). A empresa dá o suporte necessário nesse processo para seus clientes, evitando assim a utilização do produto por pessoas mal intencionadas. No Brasil, portar colete à prova de balas sem autorização, ou portar colete à prova de balas que não esteja registrado em seu nome é crime inafiançável.
Para mais informações, acesse: www.irontex.com.br


segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Nova resolução sobre capacetes e seu uso

RESOLUÇÃO 453, DE 26 DE SETEMBRO DE 2013



Disciplina o uso de capacete para condutor e passageiro de motocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclos motorizados e quadriciclos motorizados.



O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, no uso da atribuição que lhe confere o art.12, da Lei 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre a coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, 

Considerando o disposto no inciso I dos artigos 54 e 55 e os incisos I e II do artigo 244 do Código de Transito Brasileiro, 
Considerando o inteiro teor do processo nº 80000.028782/2013-11 

Resolve: 

Art. 1º É obrigatório, para circular nas vias públicas, o uso de capacete motociclístico pelo condutor e passageiro de motocicleta, motoneta, ciclomotor, triciclo motorizado e quadriciclo motorizado, devidamente afixado à cabeça pelo conjunto formado pela cinta jugular e engate, por debaixo do maxilar inferior. 

Parágrafo único. O capacete motociclístico deve estar certificado por organismo acreditado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – INMETRO, de acordo com regulamento de avaliação da conformidade por ele aprovado. 

Art. 2º Para fiscalização do cumprimento desta Resolução, as autoridades de trânsito ou seus agentes devem observar: 

I - Se o capacete motociclístico utilizado é certificado pelo INMETRO; 

II - Se o capacete motociclístico está devidamente afixado à cabeça; 

III - A aposição de dispositivo retrorrefletivo de segurança nas partes laterais e traseira 
do capacete motociclístico, conforme especificado no item I do Anexo; 

IV - A existência do selo de identificação da conformidade do INMETRO, ou etiqueta interna com a logomarca do INMETRO, especificada na norma NBR7471, podendo esta ser afixada no sistema de retenção; 

V - O estado geral do capacete, buscando avarias ou danos que identifiquem a sua inadequação para o uso; 

Parágrafo único. Os requisitos descritos nos incisos III e IV deste artigo aplicam-se aos capacetes fabricados a partir de 1º de agosto de 2007. 

Art. 3º O condutor e o passageiro de motocicleta, motoneta, ciclomotor, triciclo motorizado e quadriciclo motorizado, para circular na via pública, deverão utilizar capacete com viseira, ou na ausência desta, óculos de proteção, em boas condições de uso. 

§ 1º Entende-se por óculos de proteção, aquele que permite ao usuário a utilização simultânea de óculos corretivos ou de sol. 

§ 2º Fica proibido o uso de óculos de sol, óculos corretivos ou de segurança do trabalho (EPI) de forma singular, em substituição aos óculos de proteção. 

§ 3º Quando o veículo estiver em circulação, a viseira ou óculos de proteção deverão estar posicionados de forma a dar proteção total aos olhos, observados os seguintes critérios: 

I - quando o veículo estiver imobilizado na via, independentemente do motivo, a viseira poderá ser totalmente levantada, devendo ser imediatamente restabelecida a posição frontal aos olhos quando o veículo for colocado em movimento; 

II - a viseira deverá estar abaixada de tal forma possibilite a proteção total frontal aos olhos, considerando-se um plano horizontal, permitindo-se, no caso dos capacetes com queixeira, pequena abertura de forma a garantir a circulação de ar; 

III - no caso dos capacetes modulares, além da viseira, conforme inciso II, a queixeira deverá estar totalmente abaixada e travada. 

§ 4º No período noturno, é obrigatório o uso de viseira no padrão cristal. 

§ 5º É proibida a aposição de película na viseira do capacete e nos óculos de proteção. 

Art. 4º Dirigir ou conduzir passageiro em descumprimento às disposições contidas nesta Resolução implicará nas sanções previstas no CTB, conforme abaixo: 

I - com o capacete fora das especificações contidas no art. 2º, exceto inciso II, combinado com o Anexo: art. 230, inciso X, do CTB; 

II - utilizando viseira ou óculos de proteção em descumprimento ao disposto no art. 3º ou utilizando capacete não afixado na cabeça conforme art. 1º: art. 169 do CTB; 

III – não uso de capacete motociclístico, capacete não encaixado na cabeça ou uso de capacete indevido, conforme Anexo: incisos I ou II do art. 244 do CTB, conforme o caso. 

Art. 5º As especificações dos capacetes motociclísticos, viseiras, óculos de proteção e acessórios estão contidas no Anexo desta Resolução. 

Art. 6º O Anexo desta Resolução encontram-se disponíveis no sitio eletrônico www.denatran.gov.br. 

Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.  
Art. 8º Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN nº 203, de 29 de setembro de 2006, 
nº 257, de 30 de novembro de 2007 e nº 270, de 15 de fevereiro de 2008. 


sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Dicas de Viagem

1. Prepare o seu espírito para uma viagem na qual o que importa é curtir e desfrutar e não consumir. Leve em conta seus interesses pessoais e preparo físico na hora de escolher um roteiro. Seja participativo e solidário. Lembre-se de que todo motociclista é um irmão. Quando houver necessidade, ofereça ajuda.

2. Se você esta indo para algum encontro, ligue para o motoclube anfitrião certificando-se das informações que nos foram passadas, uma vez que não temos como saber de mudanças repentinas no cronograma.

3. Seguro de roteiro – Aguarde, estamos negociando com operadoras.

4. Lembre-se de revisar a sua moto seguindo uma planilha determinada pelo Dr. Mototour, ou por você próprio. Este procedimento simples, com certeza, evitará possíveis transtornos durante sua viagem. Você deve também conferir todo o equipamento que vestirá, bem como a documentação sua e da moto, para que tudo transcorra na mais perfeita ordem.

5. Ao definir o seu roteiro de viagem, em nosso site, imprima-o para que você possa seguir as dicas do percurso e os locais de abastecimento da sua moto. Nossa indicação é de que você deve abastecer a cada 150km, aproveitando para dar uma olhada geral na moto e na bagagem e, na oportunidade, fazer exercícios de alongamento.

6. Se decidir por nossa indicação de hospedagem, entre em contato para fazer reserva e informe que foi indicação do site Mototour para que você receba desconto justo e merecido.

7. Leve o mínimo de bagagem possível, roupas leves, sapatos adequados e confortáveis.

8. Respeite as comunidades locais, seus valores, crenças e costumes. Não tenha atitudes que impactem com a tradição local. Como exemplo podemos citar que algumas comunidades indígenas não permitem fotografia.

9. Leve uma boa maquina fotográfica, cartão de memoria de reserva e não se esqueça do carregador de baterias.

10. Coloque todos seus equipamentos eletrônicos e carteira de documentos dentro de sacolas plasticas bem vedadas, de preferencia as zipblock pois podem ser reutilizadas e tem uma ótima vedação

11. Evite pilotar sozinho e a noite por estradas não conhecidas.

12. Se você leva carona, lembre-se de tocar-lhe de quando em quando para evitar que ele cochile. Existe estatística que mostram índice elevado de acidentes porque o carona dormiu e provocou o desequilíbrio do conjunto.

13. Não informe o seu destino para desconhecidos. Diga sempre o roteiro inverso.

14. Além das ferramentas que acompanham sua motocicleta, procure também levar, se possível, os seguintes utensílios:
- Kit de reparo rápido para furos em pneus sem câmara.
- Spray para enchimento emergencial de pneu com câmara.
- Lâmpadas sobressalentes.
- Cabos de embreagem e de acelerador.
- Velas de ignição.

15. Cuidado com as sombras sobre o asfalto, ela pode esconder buracos.

16. Se algum colega já fez a viagem que você planeja, expecule-o sobre tudo que você deseja saber. Lembre-se de que a humildade atalha caminhos.

17. No mais, é aproveitar. Boa viagem!.
Compartilhe